Mas afinal, o que eu preciso saber sobre o dinheiro do futuro?
Em meio a tantos termos complexos e difíceis, ficou complicado abstrair o essencial para o que realmente vai impactar na sua vida... Então pode se achegando que o dinheiro do futuro já começou!
O que é o dinheiro do futuro?
Para entender o dinheiro do futuro, primeiramente é preciso entender o ‘dinheiro do agora’. Hoje, uma única moeda de R$0,10 custa R$0,40 para o Banco Central do Brasil produzí-la. Do molde ao cofre, a produção leva até 12 horas. Então, pense comigo e imagine o custo/tempo de espera para produção de 2.6 bilhões de cédulas e 4 bilhões de moedas por ano (equivalente à capacidade instalada da Casa da Moeda)!
Neste cenário de ineficiência, mais de 130 países (equivalente a 98% do mundo) estão estudando maneiras de otimizar o dinheiro nos moldes que conhecemos hoje. França, China, Índia e Canadá são alguns dos exemplos de países que já estão em fase de piloto prestes a lançarem em breve.
Em partes, o benefício do pagamento instantâneo que o nosso PIX oferece é um dos atributos que outros países estão imaginando para modelar seus respectivos “dinheiros do futuro”. O Brasil já adiantou alguns passos que outros países estão percorrendo através do PIX (acredite se quiser, mas o sistema financeiro brasileiro é muito mais evoluído que países de primeiro mundo), e agora vêm o DREX.
Então já que temos o PIX, para quê o DREX?
1. Por que o DREX?
O DREX vai ser nada mais do que o Real que usamos no dia a dia, porém, representado digitalmente com uma infraestrutura tecnológica por trás. Essa infraestrutura deve proporcionar serviços financeiros mais baratos, rápidos e confiáveis do que no modelo atual. Tudo isso graças à capacidade da tecnologia, baseada em blockchain, ser programável.
Assim como o PIX revolucionou as transações financeiras, o DREX é bastante promissor em transformar os serviços financeiros.
2. Que diferença vai fazer na minha vida? Vou precisar entender o que é blockchain?
Certamente não. A população não precisa saber o bê-á-bá do SPI (sistema do PIX) para realizar a sua transação instantânea, porque absorver dos benefícios resultantes disso já é suficiente.
Da mesma forma, o benefícios resultantes do DREX vai permitir com que, no futuro, você:
Faça investimentos e aplicações a qualquer momento do dia/noite (24/7) e instantaneamente (sem ter que esperar D+10);
Contrate opções de câmbio menos custosas para suas viagens internacionais;
Compre seu veículo ou imóvel com menos processos burocráticos (e, por consequência, mais baratos);
O blockchain vem sendo um habilitador não só para indústria financeira, mas também muitas outras. Um exemplo disso é o novo RG digital, a Nike faturando US$ 185 milhões em receitas com NFTs, entre outros. Se você gostaria de entender o que está acontecendo com outros mercados, comente aqui embaixo! ⬇️
3. Quando vai sair o DREX?
O BACEN (Banco Central do Brasil) declarou a intenção de divulgar o DREX até o final de 2024. A princípio, a população não vai ter acesso direto ao DREX. Isso significa que os bancos irão refletir o DREX em uma forma tokenizada, e o cliente poderá absorver dos benefícios (citados acima) na plataforma.
A longo prazo, a intenção é que toda agenda de inovação do BACEN, como PIX, Open Finance e DREX se complementem em um aplicativo único - onde o cliente poderá ver as ofertas de todos os bancos consolidados em um único lugar….
…Mas isso é assunto para um próximo papo, te espero lá 😉
“A parte mais sensível do corpo humano é o bolso.”
Antônio Delfim Netto (ex-ministro da Fazenda)
(Fontes: Forbes, Banco Central do Brasil, Reuters, Travelex, Casa da Moeda do Brasil)